O Cerrado é o segundo maior bioma do país. Ocupa cerca de dois milhões de km2, cobrindo os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e partes de São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Piauí e Bahia. Isto representa cerca de 25% do território nacional.
É a savana brasileira. Tem solo pobre em nutrientes e vegetação normalmente baixa, com plantas dispersas de aparência seca.
Duas estações distintas caracterizam o cerrado: o inverno seco e o verão chuvoso.
Muitas espécies da fauna vivem neste ambiente, incluindo insetos ameaçados de extinção.
E o bioma também traz outras surpresas: bacias hidrográficas e grandes planícies, características da região central do Brasil.
Tabela de Conteúdos
Conheça as principais espécies do Bioma do Cerrado.
O Cerrado é um ecossistema rico em vários aspectos, como água e flora, mas não está limitado apenas a estes mencionados, existem também as aves do Cerrado.
Segundo os registros dos cientistas, no Cerrado existem cerca de 935 espécies de aves, das quais 787 também são encontradas em outros domínios, e 148 espécies são específicas do Cerrado.
No caso das aves, é difícil definir uma ave como específica de um único bioma por causa de sua capacidade de voar.
Dada a breve introdução, aqui estão as principais aves típicas que passam pelo cerrado e que também podem ser encontradas em outros biomas.
Ema o ñandú (Rhea americana)
É uma ave que pesa aproximadamente 30 kg e sua carne pode ser utilizada como alimento.
Este pássaro é constantemente encontrado no sistema de campo. Entretanto, levando em conta sua distribuição em outras regiões do mundo, a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) lhe atribuiu o status de Quase Ameaçada (NT).
Seriema (Cariama cristata)
Esta ave tem um peso relativo de 2 a 3 kg, e se move com mais freqüência no subsistema de campo fechado.
De acordo com a IUCN, esta espécie apresenta um risco mínimo de extinção (LC, Least Concern).
Pavãozinho-do-pará (Eurypyga helias)
Tem um peso adulto de até 500 g e é comum no subsistema de mata ciliar. De acordo com a UICN, o risco também é mínimo.
Jaó (Crypturellus undulatus)
Trata-se de uma ave adulta pesando aproximadamente 800 g e ocorre com mais freqüência nos subsistemas florestais e ribeirinhos.
Esta espécie apresenta um risco mínimo de extinção, de acordo com a IUCN.
Inhambu-xintã (Crypturellus tataupa)
Na fase adulta, atinge até 100g, e ocorre mais freqüentemente nos subsistemas de cerradão, floresta e mata ciliar.
Também está em risco mínimo de extinção.
Inhambu-chororó (Crypturellus parvirostris)
Uma ave adulta que pesa até 150g, é mais comumente encontrada nos subsistemas de cerrado, savana e floresta. Mínimo risco de extinção.
Codorna do nordeste (Nothura boraquira)
Ele tem um peso aproximado de 250g quando adulto, é mais comum encontrá-lo no subsistema de campo.
Status de conservação: risco mínimo de extinção.
Coruja-orelhuda (Asio clamator)
Quando adulto, pode pesar até 500g, encontrado nos subsistemas do cerrado, savana e floresta. Mínimo risco de extinção.
Coruja-buraqueira (Athene cunicularia)
É um pássaro que pesa 150g como adulto e é encontrado com mais freqüência no subsistema de campo.
Risco mínimo.
Caburé (Glaucidium brasilianum)
Os adultos, pesando até 100g, ocorrem com mais freqüência nos subsistemas do cerrado, savana e floresta. Risco mínimo.
Coruja-da-igreja, ou suindara (Tyto alba)
Quando adulto, pesando aproximadamente 400g, é mais freqüentemente encontrado nos subsistemas de savana e cerrado. Risco mínimo.
Arara azul grande (Anodorhynchus hyacinthinus)
É uma ave adulta que pesa aproximadamente 1 kg, e é mais comumente encontrada nos veredas e ambientes inundados, mas pode habitar todos os outros subsistemas do cerrado.
Está em perigo de extinção. (EN, Ameaçado)
Arara-canindé (Ara ararauna)
Peso adulto: 1 kg. Risco mínimo.
Arara-vermelha-grande (Ara chloropterus)
Ave que alcanza en su fase adulta un peso de aproximadamente 1 kg, transita por todos los subsistemas.
Riesgo mínimo.
Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva)
Pesa, como adulto, aproximadamente 300g. Riesgo mínimo de extinción.
Periquitão-maracanã (Aratinga leucophthalma)
Es un ave adulta que pesa 300g, y se encuentra en las veredas y ambientes inundados y en los subsistemas de campo.
Riesgo mínimo.
Mutum-de-penacho (Crax fasciolata)
Adulto de unos 2 a 3 kg, migra con más frecuencia en los subsistemas de bosques ribereños.
Riesgo mínimo.
Jacucaca (Penelope jacucaca)
El adulto pesa unos 500g, migra con mayor frecuencia en los subsistemas de cerrado y bosque.
Es vulnerable (VU, Vulnerable).
Aracuã-do-pantanal (Ortalis canicollis)
El adulto pesa 500g, migra principalmente en bosques ribereños, veredas y ambientes inundados.
Riesgo mínimo.
Pomba-galega (Patagioenas cayennensis)
El peso de los adultos, de aproximadamente 200g, se da con mayor frecuencia en veredas y subsistemas de humedales.
Riesgo mínimo.
Pomba-trocal (Patagioenas speciosa)
Peso adulto 200g, se da en veredas y subsistemas de humedales.
Riesgo mínimo.
Juriti-pupu (Juriti-pupu)
Es un ave que pesa aproximadamente 200g cuando es adulta, y se presenta con mayor frecuencia en el subsistema del cerrado.
Riesgo mínimo.
Pomba-de-bando (Zenaida auriculata)
De adulto, pesa 300g, se encuentra en los subsistemas de campo, cerrado y cerradão. Riesgo mínimo.
Toucanuçu (Ramphastos toco)
El peso adulto del ave es de aproximadamente 250g, se da con mayor frecuencia en el subsistema de campo.
Riesgo mínimo.
Tucán de bico preto (Ramphastos vitellinus)
Se trata de un ave con un peso adulto de aproximadamente 250 g, que se encuentra con mayor frecuencia en el subsistema de campo.
Riesgo mínimo.
Araçari-castanho (Pteroglossus castanotis)
Cuando es adulta, con un peso aproximado de 200g, aparece con mayor frecuencia en los subsistemas de cerrado, cerradão, bosque y ribera.
Riesgo mínimo.
Marreca-de-coleira (Callonetta leucophrys)
Es un ave que pesa aproximadamente 1,5 kg de adulto y que se da con mayor frecuencia en veredas y ambientes inundados.
Riesgo mínimo.
Asa-branca (Dendrocygna autumnalis)
Es un ave de aproximadamente 1 kg de peso adulto, que se da con mayor frecuencia en veredas y subsistemas de humedales.
Riesgo mínimo.
Pé-vermelho (Amazonetta brasiliensis)
Es un adulto que pesa aproximadamente 1 kg y que aparece con más frecuencia en veredas y subsistemas de humedales. Riesgo mínimo.
Anhuma-poca, o tachã (Chauna torquata)
Es un ave adulta que pesa aproximadamente de 3 a 4 kg, ambos se dan en veredas y ambientes inundados.
Riesgo mínimo.
Garça-moura (Ardea cocoi)
Puede alcanzar hasta 3 kg en la edad adulta, se encuentra sobre todo en veredas y ambientes inundados. Riesgo mínimo.
Curicaca (Theristicus caudatus)
Es un ave adulta que pesa aproximadamente 1 kg y que aparece con mayor frecuencia en los subsistemas de bosque ribereño y de campo. Riesgo mínimo.
Fauna e aves do cerrado brasileiro
De acordo com dados do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), entre a diversidade dos animais do cerrado encontramos 67 espécies de mamíferos, 837 espécies de aves, 120 espécies de répteis e 150 espécies de anfíbios podem ser encontradas na região do Cerrado.
Para ter uma idéia dos mamíferos que vivem ali, podemos citar o macaco-prego, o mico imperador, o rato espinhoso, a anta, a capivara, o veado pampa e a onça-pintada.
Falando de mamíferos ameaçados de extinção, podemos citar o tamanduá-bandeira, o tatú carreta e o aguará guazú.
Voando pelos céus do cerrado são papagaios, abutres, harpias e cotovias. Siriemas, pegas e codornizes também vivem lá.
Entre os répteis característicos deste bioma estão o yarará, a cascavel, a anaconda verde e também as tartarugas e os lagartos.
E não podemos esquecer outros habitantes importantes deste grande ecossistema: cupins, formigas, abelhas e gafanhotos. Térmitas, por exemplo, são uma garantia de alimentos para tamanduás e tatus. As abelhas, por sua vez, desempenham um papel fundamental na polinização das flores.
Cerrado mapa
Como é a vegetação no bioma cerrado?
Existem cerca de doze mil espécies vegetais. Como dissemos no início do texto, a vegetação do cerrado apresenta algumas características gerais: é normalmente baixa, com plantas dispersas e aparência seca.
Entretanto, por ser uma área muito grande que tem, por exemplo, variações em relevo, podemos definir alguns tipos diferentes de vegetação que fazem parte deste mesmo bioma.
Características do cerrado
Dentro do que se chama cerrado brasileiro podemos encontrar cerradões, campos limpos, campos sujos, campos fechados, fechados em sentido amplo, fechados em sentido estrito, arbustos secos e arbustos de galeria ou arbustos ciliares.
O cerradão do Brazil é um tipo mais denso de vegetação, no qual você pode encontrar árvores mais altas, de até quinze metros de altura.
Plantas do cerrado: Os campos limpos são áreas sem arbustos, cobertos com gramíneas. São terras planas, vales e colinas. Os campos sujos são dominados por arbustos espaçados.
As árvores estão ainda mais dispersas em campos fechados onde, como nos campos limpos, predominam as gramíneas. Os campos fechados são um dos ambientes mais danificados pelas queimadas no Cerrado.
A divisão entre campos no sentido amplo e campos no sentido estreito parece curiosa, não é mesmo?
É certamente impressionante porque estes nomes não parecem ter muito a ver com a classificação das plantas…
Mas não poderiam ser mais apropriados: os campos no sentido amplo são aqueles onde todas as formações vegetais do Cerrado são encontradas juntas; os campos no sentido estrito são caracterizados por um único tipo de vegetação, que é reduzida a árvores baixas, torcidas e inclinadas.
Nos arbustos secos são árvores concentradas que perdem suas folhas nos períodos mais secos. Isto não acontece na galeria ou nas matas ciliares, que aparecem perto dos riachos e riachos. Nas florestas da galeria, a vegetação permanece verde durante todo o ano.
Você se lembra da aparência seca das plantas?
Árvores e arbustos têm que suportar o período mais seco do cerrado.
E como eles fazem isso? Bem, a maioria destas plantas com troncos e galhos torcidos tem mecanismos para se adaptar a este ambiente árido. São árvores comuns, por exemplo, com raízes profundas que lhes permitem alcançar mais facilmente o lençol freático, reservatório subterrâneo de água.
Além disso, muitas espécies vegetais têm ramos com casca mais grossa e folhas grossas, o que evita a perda de água.
As árvores características da região são a sucupira, a copaibo, a peroba del campo e a casca amarela.
Como é o solo em cerrado brasileiro?
O solo do Cerrado é pobre em nutrientes, mas rico em ferro e alumínio. O solo é profundo, avermelhado, arenoso, permeável e com baixa fertilidade natural. A superfície tem pouca capacidade de absorver água. Entretanto, sob esta antiga formação do solo, existe uma grande reserva de água.
Alívio no bioma do cerrado
Duas formações de relevo são comuns no Cerrado: terras planas e planaltos, planaltos altos que se caracterizam pela presença de planícies em seus cumes.
Apenas cerca de 10% das áreas do Cerrado são superiores a 900 metros. Este grupo inclui alguns pontos da Serra do Espinhaço, como o Pico do Itacolomi, com uma altitude de 1.797 metros, e a Serra da Caraça, com o Pico do Sol, com 2.070 metros.
Em termos de altitude, alguns planaltos da Chapada dos Veadeiros também se destacam, atingindo 1.700 metros.
Água
Muitos rios que se originam em outras regiões cortam o Cerrado. Alguns rios são originários da região. Estes rios estão agrupados em três bacias hidrográficas localizadas na área do bioma: o Rio Tocantins, o Rio São Francisco e o Rio da Prata.
Entretanto, a existência de rios não garante um ambiente onde a água seja um recurso visivelmente abundante.
Andando através do Cerrado e observando a paisagem, você não encontrará grandes quantidades de água na superfície. Para encontrar a grande reserva de água, é necessário ir até o fundo, até as camadas mais profundas do solo.
Como você já viu, é aí que está o grande reservatório de água deste bioma – o lençol freático. Delas, as plantas retiram a água necessária nos períodos de seca. Além disso, a construção de poços permite o uso desta água para irrigação.
O clima do cerrado
O clima é chamado de tropical sazonal. Está quente e quase não há vento no cerrado. A temperatura média anual varia entre 21º C e 27º C.
Lembrando, a região apresenta uma divisão bem definida em relação ao clima e ao regime pluviométrico. Entre maio e setembro o Cerrado permanece seco; de outubro a abril chove muito.
No período seco, em alguns lugares, a vegetação pega fogo espontaneamente. Esta queima «natural» das plantas é algo que acontece regularmente e tem condicionado a vida da flora do cerrado.
Há algumas espécies de plantas, por exemplo, que só florescem após este período de queima.
Podemos pensar: mas se tudo arde, como eles sobrevivem para florescer mais tarde? Bem, isso acontece por causa das raízes profundas e ramos subterrâneos das árvores, que garantem sua sobrevivência mesmo com a superfície do solo em cinzas.
Sumário: o que é cerrado?
O Cerrado, também conhecido como savana brasileira, é o segundo maior bioma do Brasil e da América do Sul.
Ela se caracteriza por sua grande biodiversidade e potencial de águas subterrâneas. O bioma Cerrado é uma formação vegetal com grande biodiversidade.
Como é o solo do Cerrado brasileiro?
Em geral, os solos do Cerrado são caracterizados pela predominância de Latossolos e por sua alta acidez.
Além da Latosols, que são predominantes, como já mencionamos, o Cerrado também possui solos de Podzol ou Argissolo.
Em que região está localizado o Cerrado?
Cerrado localização: O bioma Cerrado está localizado na parte mais central do país e inclui os estados de Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e o Distrito Federal.
Quais são os tipos de savana?
Onze tipos principais de vegetação são descritos para o bioma Cerrado, divididos em formações florestais (Mata Ciliar, Bosque de Galeria, Bosque Seco e Cerradão), savanas (Cerrado no sentido estrito, Parque do Cerrado, Palmeiral e Vereda) e prados (Campo Sujo, Campo Limpo e Campo Rupestre).
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